O melhor bacalhau do Rio – no Marisqueira
Não, pessoal… Não estávamos de dieta… Voltamos! \o/
Depois de muito tempo sem postar nada, resolvemos dar uma dica imperdível do Rio de Janeiro: o Bacalhau Mário Soares, do A Marisqueira.
Na primeira vez que fomos, as escolhas não surpreenderam. Começamos com um bolinho de bacalhau mediano:
Depois, pedimos um filé de cherne com arroz com brócolis:
O peixe estava bom, mas não extraordinário. No entanto, enquanto esperávamos o nosso pedido, vimos um lombo de bacalhau muito bonito passar por nós, bateu o arrependimento e a resolução: na próxima oportunidade, voltaremos para provar o tal bacalhau!
E eis que provamos o Bacalhau à Mário Soares… Só de pensar, a água invade nossa boca… Que bacalhau! Se não é perfeito, está muito próximo da perfeição. Com certeza, é o nosso preferido do Rio de Janeiro e um dos que vai ficar na memória para sempre:
É o lombo do bacalhau frito, com batatas coradas, cebolas e pimentões grelhados no azeite, coberto por alho frito crocantinho!
Reparem no cuidado ao servir:
E como ficou no prato:
Alguns detalhes merecem destaque neste restaurante: o serviço é muito bom, algo raro no Rio. Os garçons são na sua grande maioria velhinhos, que devem trabalhar no Marisqueira desde antes de nascermos, e pelo menos nas duas vezes que fomos, honraram a profissão!
A clientela também é majoritariamente composta por gente “experiente” 🙂 e provavelmente exigente, uma turma que sabe escolher bons restaurantes. Vou ficar de olho nos velhinhos e comer onde eles comem a partir de agora 🙂
Outra coisa que nós amamos: um bom azeite envolto em guardanapo! Parece frescura, mas odiamos ficar com a mão melada de azeite…
Já os preços, não são baixos, como tudo no Rio, principalmente em se tratando de bons peixes: o filet de cherne saiu por R$ 80 reais e deu para duas pessoas tranquilamente, acompanhados dos 6 bolinhos de bacalhau que custaram R$ 27 pilas. Já o bacalhau a Mário Soares, para dois, custa suados R$ 145 reais! Preços de novembro de 2014.
Se quiserem conferir, não esqueçam de nos contar o que acharam:
Rua Barata Ribeiro, 232, Copacabana, bem próximo ao Metrô Cardeal Arcoverde
(021) 2547-3920 e 2236-2062
Nama Baru – A prova de que comida vegetariana pode ser muito boa
Depois de tanto tempo sem postar nada, tanto tempo que dá até vergonha, resolvi escrever sobre um de nossos restaurantes favoritos em São Paulo: o Nama Baru.
Este é um restaurante que acompanhamos há muitos anos, desde os tempos em que ficava na Avenida Pompéia. Agora, estão em um ambiente muito maior, mais bonito e acolhedor, na Barão de Bananal.
Para nós, o Nama é a prova de que comida vegetariana pode ser excelente (melhor inclusive que o Banana Verde, famosíssimo na Vila Madalena), mesmo para carnívoros como nós, fanáticos por uma carne super mal passada! Mas se você não passa uma refeição sem proteína animal, não se preocupe, pois há opções com frango, porco, carne, peixes e frutos do mar, todos em versões asiáticas, claro.
Das várias opções de entrada, gostamos muito da trouxinha de frango com coentro, milho e molho thai:
Dentre os pratos principais, nossos preferidos (90% das vezes escolhemos 2 dentre estes 3) são o curry vegetariano de cúrcuma, o curry de camarão ou o Hakka Noodle.
O curry vegetariano vem com cúrcuma, leite de côco com abóbora, shitake, batata doce, castanha d’água, soja torrada, semente de mostarda, e um delicioso arroz jasmim para acompanhar:
Já o curry de camarão vem com castanha d’água, tomatinho cereja, nirá (essas cebolinhas com uma espécie de flor na ponta), cenoura, pasta amarela e leite de côco, e mais uma vez o excelente arroz jarmim:
E o terceiro dentre os nossos favoritos é o Hakka Noodle: shitake, shimeji, eryngui (um tipo de cogumelo), macarrão de arroz, cebola roxa, moyashi (broto de feijão) e tofu:
Além de deliciosos, os pratos são muito bonitos, como vocês podem ver.
Vamos ficar devendo as sobremesas, mas podem ir sem medo! São poucas as opções, mas muito boas!
Outro destaque vai para o excelente serviço: rápido, atencioso mas sem incomodar, bastante profissional e agradável.
Os preços é claro que não são baixos. Uma refeição, com entrada, prato principal, bebidas, sobremesa e os 10% ficam em torno de R$ 75,00 por pessoa.
Nama Baru
Rua Barão do Bananal, 991 – Pompeia – São Paulo – SP
(11) 2548-7749
Stuzzi – o melhor sorvete de SP
Mais um tema polêmico: qual sua sorveteria preferida? Alguns vão dizer que é a Freddo, Bacio di Latte, Frida & Mina, Alaska, Häagen-Dazs…
A nossa preferida é a Stuzzi, que faz um sorvete italiano tradicional, bem cremoso e sem nenhum cristal de gelo no meio (um dos pecados da Alaska, embora muito saborosa!), com sabores marcantes das frutas, castanhas, chocolates…
Os preferidos da Glutinha são os de chocolate, e quanto mais amargo melhor. Os meus votos vão para avelã e pistache, nessa ordem.
Preços de novembro/13: uma bola sai por 9 reais e meio litro por 26. Nem preciso dizer que sempre levamos o potinho de meio litro pra casa, né? 😛
Vila Madalena
Rua Paulistânia, 450, São Paulo
Tel. (011) 3816-0279
Campo Belo
Rua Zacarias de Góis, 1419, São Paulo
Tel. (011) 2495-2272
El Tranvia – um bom churrasco ao estilo uruguaio
O El Tranvia estava na nossa lista há muito tempo, mas com tantas opções de boas comidas para provar, a vez dele ainda não havia chegado. Mas eis que, para a felicidade de nossos estômagos, a oportunidade finalmente veio!
Embora haja opções vegetarianas, como saladas, batatas e tortillas, este é realmente um restaurante para os amantes dos prazeres da carne, grelhadas com perfeição!
Nós começamos com uma salada Araminda (excelente por sinal!), que leva alface, rúcula, agrião, cenoura, mussarela de búfala, palmitos, batata palha e croutons de bacon:
Reparem que pedimos sem a batata palha! Em geral, não curtimos salada com batata palha…
Como prato principal, pedimos o Bife El Tranvia, acompanhado de arroz Biro Biro (arroz com ovos mexidos, bacon e batata palha) e Boniato al Plomo (batata doce assada, coberta com manteiga, gorgonzola, alho e bacon) que havíamos provado em Montevidéu e achamos o máximo:
Reparem na suculência e na perfeição do ponto da carne! Dá água na boca só de pensar…
A batata doce, além de tá uma coisa de lôco, era imensamente ogra (reparem nas curvas do requeijão!):
Devemos admitir que apesar de deliciosa, não foi possível comer toda a batata, que certamente tinha mais de meio kilo!
E o mais comunzinho foi o arroz Biro Biro:
E apesar de comum, também estava gostosinho…
Quanto aos preços, é proporcional à qualidade: 40 reais pela salada, 74 reais pela carne, 22 reais pelo boniato e 16 reais pelo arroz Biro Biro. Só os pratos e os 10% já dá quase 170 reais para duas pessoas… Os valores são de dezembro de 2013.
Se animou? Então, dá um pulo lá e nos conte o que achou:
Rua Conselheiro Brotero, 903 – Santa Cecília – São Paulo – SP
Telefone: (011) 3664-8313
Cosmopolita – onde nasceu o filet Oswaldo Aranha
Próximo aos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, está o Cosmopolita, um restaurante bastante tradicional, fundado em 1926, onde Oswaldo Aranha inventou um filet alto, coberto por muito alho frito, arroz, farofa e batatas portuguesas.
O prato vem em algo parecido com uma calota de ferro:
E assim ficou o meu prato, depois de servido pelo garçom:
O filet estava muito bom, mas o arroz eu achei um pouco oleoso. De qualquer forma, é um boteco quase centenário e diria que é quase uma obrigação provar. O preço não é dos melhores. O prato, bebida, café e taxa de serviço sai por cerca de R$ 50,00 a R$ 55,00.
Restaurante Cosmopolita
Travessa da Mosqueira, 4, Lapa (Região Central), Rio de Janeiro – RJ
Tel: (021) 2224-7820
Chico e Alaíde – botequim show no Leblon
Na minha primeiríssima incursão aos botequins cariocas, estreei logo com o pé direito!
Num almoço gordo, fomos botecar no Chico e Alaíde no bairro do Leblon, Rio de Janeiro.
Pedimos tudo quanto foi bolinho e nos surpreendemos tanto com a criatividade e beleza dos quitutes, quanto com o atendimento ótimo.
Vamos começar pelo Bolinho de feijoada experimental (que ganhamos de brinde, by the way): na parte de cima tinha um pouquinho de vinagrete, a tampinha era de empadinha, a massa do bolinho de feijão preto e o recheio de carne seca e linquiça, molhadinho com caldinho de feijão! Nota 10!
Agora o Bolinho da Alaíde, o Bolinho de camarão e o maravilhoso Choquinho:
Vendo por dentro: Bolinho da Alaíde leva aipim, camarão e catupiry – nota 9
Bolinho de abóbora com camarão e catupiry – nota 8 pq a massa é mais durinha e o recheio mais sequinho:
Choquinho: camarão empanado com catupiry e batata palha – nota 100! Que Deus abençõe quem teve essa idéia absurda de boa!
Bobozinho de macaxeira com camarão – nota 7. Comparado com os demais acabou ficando em desvantagem!
Nada de escondidinhos sem graças, no Chico e Alaíde tem o Totivendo de jerimum com catupiry e camarão – nota 8:
Meus favoritos do dia: Barquinha de catupiry e camarão e Feijoadinha da Mamãe.
Além de lindos, muito gostosos!
Barquinha de catupiry e camarão: o interessante deste bolinho é que a massa é de empadinha, só que frita. A parte de cima tinha uma azeitona e catupiry – nota 10:
Feijoadinha da mamãe: esse é uma escultura! Em cima tem couve frita e dois torresminhos. O recheio tem couve e várias carnes da feijoada, tudo bem molhadinho e delicioso! – Nota 10 com louvor!
Só o preço que é meio salgadinho. O Totivendo é R$17,50, o Choquinho é R$10, os demais bolinhos cerca de R$5.
O chopp de 300ml é R$5,90 (out/13).
Chico e Alaíde
R. Dias Ferreira, 679 – Leblon
Rio de Janeiro
Tel: (21) 2512-0028
Melhor cocada da Bahia: será a Moreninha?
Este é um post de uma foto só!
É sobre a cocada Moreninha: úmida por dentro, recheada com doce de leite, mas sem ser ultra doce!
Vende em qualqquer esquina, custa cerca de R$2.
Vai pra Bahia? Compra pelo amor do Nosso Senhor do Bonfim! 🙂
Dominique Saibron – Um croissant inesquecível
A tara por esse pãozinho vem desde criança. De lá para cá, quase 30 anos se passaram, muitos croissants foram degustados, e eis que em uma viagem à França, em 2006, descubro que os nossos exemplares paulistas não chegam nem aos pés de um bom croissant francês.
Depois disso, procurei similares e nunca achei. Há uns 2 anos, um amigo francês me disse que a Deliparis tinha um bom, à altura das patisseries parisienses. Eu não concordo, mas você pode testar e dar sua opinião.
Em Brasília, fomos ao Daniel Briand, que tem croissants e brioches excelentes (vide o nosso post sobre as aventuras de Brasília), mas, como diria o Álvaro Garnero, este ainda não é o meu croissant!
Quando eu dizia isso à Glutinha ela achava que era exagero, mas eis que surge uma oportunidade de passarmos uma semana em Paris.
Ficamos hospedados na casa de um casal de velhinhos, apreciadores da boa gastronomia, que viveram a maior parte de seus mais de 60 anos na Cidade Luz. O Frédéric é o chef da casa e preparou jantares inesquecíveis. A Jenny, sua esposa, é especialista na tradicional sopa de cebola francesa e tiramissú, também fantásticos.
Ao saberem de nossa paixão, eles nos homenagearam com excelentes croissants no café da manhã quase todos os dias. Diziam eles que não era de um grande chef patissier, mas suficientemente bom para o dia a dia. Para nós, já estava formidável!
Não contentes, perguntamos onde um parisiense iria para comer o melhor croissant da cidade, um local não muito badalado (com isso, queríamos dizer nada de Ladurée nem Pierre Hermé), que provavelmente somente os habitantes locais conheceriam. A indicação foi o Dominique Saibron. Excelente escolha!
Para começar, uma cortesia da casa: pão de azeitonas:
Muuuuito bom! Com um pouquinho de azeite, então…
Neste dia, a Glutinha pediu uma quiche de legumes com salada e uma cidra:
A cidra não tem muita graça, admito, mas a quiche estava muito boa.
Eu queria apenas um croissant e um chá de verbena:
O chá de verbena era de saquinho, não de folhas desidratadas. Rolou uma certa decepção neste ponto…
O que importa mesmo é que o croissant estava perfeito! Por fora, um mil folhas crocante. Por dentro, quentinho, macio e úmido pela manteiga na medida certa.
O preço deste café da manhã: quiche com salada EUR 8,50, croissant com chá EUR 7,40, cidra EUR 4,20, valores de fevereiro de 2013.
Quanto ao atendimento, até que foi bom. Considerando o padrão francês, até diria que foi ótimo!
E no final, a Glutinha deu o braço a torcer: a parte boa de provar esse croissant é o prazer inesquecível. A parte ruim é que nunca mais ficaremos tão felizes com os disponíveis no Brasil.
Então, já sabe: a ignorância às vezes é uma dádiva, mas se quiser provar um croissant incomparável, e estiver de passagem por Paris, vá ao Dominique Saibron, perto do metrô Alésia, no 14éme arrondissement:
Comendo em Foz do Iguaçu – comida árabe é o que há!
A gente tava ligado que havia uma comunidade árabe bem grande em Foz do Iguaçu. E onde há pessoas árabes, há comida árabe de primeira, claro!
E foi assim, meio perdidos pelas ruas de Foz do Iguaçu que esbarramos num moço bem sorridente operando uma máquina de churrasquinho grego. Com um sotaque carregadão, ele nos apontou a rua que procurávamos, mas…
Graças ao bom Alá, o lugar que procurávamos já estava fechado e decidimos voltar ao moço simpático do churrasquinho!
Genteeee…foi sem dúvidas, a melhor decisão que tomamos, sem dúvida!
E aí que decidimos tomar um lanchinho que acabou virando janta de tão bom:
À esquerda tem carne e à direita tem frango. Aí também tem tomate, molho de cebola, coalhada seca, batata frita (!) e mais um monte de outras coisas nessas prateleiras.
Não podia faltar, claro:
E kibe com recheio generoso:
Como a gordice tava rolando solta, quisemos repeteco do kebab, só que agora de kafta:
Tava tudo excelente! E a conta foi ainda melhor, R$29,50 (tudo isso mais dois refris de 600ml)!
Pra fechar a noite com chave de ouro, corremos na portinha vizinha e pedimos este doce ma-ra-vi-lho-so:
Repare que o doce não está nadando naquela calda melada de água de laranjeira que geralmente vemos aqui em São Paulo. É assim que os libaneses comem e não podia ser mais perfeito!
Vai pra um finde romântico nas Catataras do Iguaçu? Anote aí estes endereços:
Casa da Esfiha Beirut
Avenida Juscelino Kubitschek, 453
Centro – Foz do Iguaçu
Tel. 45 3523 5507
Casa da Esfiha Istambul (doce)
Avenida Juscelino Kubitschek, 439
Centro – Foz do Iguaçu
Tel. 45 3523 0222