Comendo na Colômbia – Mila Panaderia y Pasteleria
Eu li tão bem da Mila Panaderia y Pasteleria (padaria e casa de bolos) em Cartagena, que pus na listinha de “Must eat”.
O lugar é super agradável mesmo, decoração bem caprichada e uma vitrine de doces linda de morrer gordinha!
Aí pedimos esse doce bunito:
Lindão, né! Mas decepção total!
Não teve nada daquela textura macia de mousse que eu esperava. Ao contrário, tinha gelatina demais da conta!
O ultra famoso café colombiano também não tem nada demais, ou melhor, tem um marketing muito bom, isso sim! (Fomos na Juan Valdez tbém e confirmamos isso).
Um detalhinho bacana tava na água com gás. Achei bem simpáticas as folhinhas de hortelã aromatizando a água.
Ah, um ponto positivo indiscutível: na Mila tem ar condicionado! Pode parecer bobagem, mas no calor acalorado de Cartagena, isso vale ouro!
Mila Panaderia y Pastelaria
Calle de la Iglesia 35-76 (at Calle de Ayos)
Cartagena de Índias – Colômbia
Comendo na Colômbia – La Vitrola em Cartagena
O melhor restaurante de Cartagena!
O La Vitrola é um restaurante que vale demais da conta! Quem vai pra Cartagena, precisa incluir no roteiro de viagem.
O ambiente é agradabilíssimo, estilão anos 50 em Cuba (ou o que imagino que seja os anos 50 em Cuba).
Chegamos lá por volta das 11 da noite e tinha algumas poucas mesas livres. A música podia ser ouvida do lado de fora e já fiquei empolgadinha com o ritmo! (O que poderia ser mais empolgante que estar no Caribe ouvindo uma boa salsa?!)
Aí começava a história do melhor jantar que nós teríamos em Cartagena.
De entrada:
Carpaccio! Ok, nada a ver, né! Mas deu vontade e tava muito bom!
Esse foi o melhor arroz con coco que comemos na Colômbia! E olha que comemos arroz con coco em quase todo lugar! He, he…
O peixe e o morrone (um tipo de pimentão que o Cabeça adora) também estavam ótimos.
Um detalhe: nessa foto, está metade do prato, ok. Acabamos dividindo porque já tava muito tarde pra jantar tanto quanto gostaríamos.
Óbvio que, após 2 pratos super bons, ficou a expectativa de uma sobremesa super boa! O garçom falou tanto de uma torta de coco que não tivemos dúvida:
Essa torta de coco é o que há! Absurda de boa! Tô com água na boca só de lembrar!
Só teve um probleminha neste dia: não tinha Postobon de Manzana! há, há…fomos de Kola Román mesmo.
Já entenderam, né! La Vitrola é ponto de passagem obrigatório em Cartagena de Índias.
La Vitrola
Calle del Baloco, 33-01, Centro
+57 (53) 660-0711 (vale reservar, só pra garantir)
Rei do Bacalhau – um almoço de domingo
O doce foi o pior do dia! O nome é bacana: ovos moles de Aveiros, mas tava ultra doce e as bordas estavam açucaradas, como se fosse um doce já meio passado, sabem?! Não curti!
Bem, fica a vontade de não voltar ao Rei do Bacalhau.
Rei do Bacalhau
Rua Bianchi Bertoldi, 36 – Pinheiros
Tels. 11 3814-7653 / 3031-9501
Comendo na Colombia – Macondo em Cartagena
O Macondo fica na parte mais roots de Cartagena, ou seja, fora do burburinho da turistada. Na prática, isso significa que é preciso ir de olhos bem abertos, pois ao contrário da parte turística, por estes lados não tem quase nada de policiamento visível.
Por outro lado, isso também significa um tour bem interessante pelo downtown. Da praça central até lá é uma caminhadinha, mas vale!
O Macondo é um barzinho bem agradável e o atendimento é o diferencial! As pessoas são extremamente simpáticas. Como chegamos antes do horário de pico, batemos papo, sentamos no balcão que cerca a cozinha, perguntamos de cada um dos aperitivos servidos, enfim…treinamos o portunhol! he, he…
Depois de muito pensar, decidimos:
Gente, LULO é uma fruta que lembra bastante um tomate, só que amarelado. O gosto é estranho, diferente de todas as frutas que já tinha comido por aqui. Nem sei explicar…mas num gostei.
Ah, esse negócio em cima do cardápio é um chocalho que serve pra chamar os garçons. Achei interessante, mas não testamos, já que estávamos no balcão.
A cerveja La Colombia era obrigação, né! Mas a gente nem curtiu-curtiu, viu!
Pra beliscar, escolhi pelo nome: CARIMAÑOLAS. Achei fofo e arrisquei! Uma dilícia, mas ultra parecido com o risole que temos por aqui:
A carimañola é um pastelzinho de mandioca recheado de queijo. Bem gostosinho, mas o segredo mesmo tava nesse molhinho, uma salsa apimentada ultra boa!
Bar La Plaza de Macondo
Calle de la Media Luna No. 10 – 97, Getsemani
Cartagena de Indias – Colômbia
Galinhada do Alex Atala
Já faz algum tempo que queríamos provar aquela galinhada famosa pela confusão na virada gastronômica. Aliás, a polêmica serviu para nos lembrar que o Dalva e Dito estava esquecido na nossa listinha…
A Galinhada do Alex Atala é, na verdade, do Geovane Carneiro, subchefe do D.O.M. (eleito recentemente o quarto melhor restaurante do mundo). Após o expediente, o Geovane costumava preparar o prato para a equipe. A fama começou a se espalhar entre os cozinheiros de outros restaurantes, chegou à clientela, e então, passaram a abrir a cozinha do Dalva e Dito a partir da meia-noite de sábado para servir ao público, sempre embalada por um grupo de samba.
No dia escolhido para a degustação, chegamos alguns minutos antes da meia-noite. A fila já estava grande, com espera de 30 a 45 min. A nossa dica é chegar às 23h30 e ficar no hall de entrada, onde há algumas mesinhas para quem está aguardando a mesa. Você pode tomar alguma coisa, comer umas porções, e quando começam a servir a galinhada, permitem que você coma ali mesmo. A maior vantagem é que esse ambiente é isolado do resto por uma porta de vidro, o que reduz o volume do pagodão, facilitando a conversa com os amigos, e não é contaminada pelo cheiro de cigarro. Daqui a pouco, explico melhor isso…
Cerca de 1h depois de chegarmos, achamos que estava demorando demais e que estavam passando pessoas na nossa frente, fomos perguntar se a hostess não havia esquecido de nós. A cara de susto entregou a moça: ela assumiu que todos resolveram comer ali mesmo e desistiram das mesas. Imperdoável! Mas, rapidamente, ela arranjou dois lugares em uma mesa coletiva. Não era exatamente o que esperávamos, mas ok.
Depois de acomodados, fomos à fila:
A galinhada oficial é uma galinha caipira, cortada em pedaços, cozida com ervas e temperos depois de passar por um período em salmoura e outro marinando. Ao caldo desse cozido é adicionada farinha de mandioca e eis que temos um pirão de galinha! Completam o prato a farofa, arroz de pequi e quiabo.
Para agradar um número maior de pessoas, foram feitas algumas alterações no modo de preparo (veja a receita apresentada pelo próprio Alex Atala no programa da Ana Maria Braga). O arroz, por exemplo, não é cozido no caldo com a galinha. No Dalva e Dito, é servido um arroz cozido com óleo de pequi e arroz branco, Além disso, foram adicionadas duas alternativas: galinha assada na rotissol (máquina francesa para preparar o frango de televisão) e costelinha de porco.
O sistema de buffet traz algumas desvantagens, é claro: quando chegou a nossa vez, não tinha coxa e peito, por exemplo. Já uma patricinha à nossa frente procurava um pé de galinha, cena deveras interessante, diga-se de passagem…
Após nos servirmos e sentarmos em nossa mesa coletiva, senti um forte cheiro de cigarro. Perguntei ao garçom o motivo e ele me explicou que o fumódromo ficava na direção da nossa mesa, do lado de fora da casa. Porém, uma porta de vidro abria e fechava sempre que alguém saía para fumar ou retornava à casa e o vento trazia toda a fumaça para dentro do restaurante. E com o entra e sai frequente, acabam largando a porta aberta. Uma moça foi pedir para manter fechado e o cheiro reduziu por uns minutos, mas logo voltou.
Ao chegar em casa, nossa roupa e cabelos cheiravam cigarro, como se tivéssemos voltado das baladas de antigamente. Nunca pensei que isso aconteceria em um restaurante, ainda mais de um chef celebridade.
Com toda certeza, esse fumódromo está fora da lei e vamos mandar a fiscalização para autuar e exigir as devidas adequações. Para aqueles que não são de São Paulo, uma lei municipal proíbe qualquer pessoa de fumar em qualquer área coberta de estabelecimentos comerciais.
Ainda sobre o ambiente, o som é muito alto, pois rola o pagodão no subsolo. Particularmente, não gostamos muito de ambientes assim, pois precisamos levantar a voz para conversar, mas até que estava suportável.
Quanto à comida, não gostamos muito da galinha cozida. Acho que é questão de gosto mesmo. Muita gente fala bem.
Já o frango de televisão francesa, a galinha na rotissol, achei uma delícia. Estava bem temperada, com a pele bem sequinha e crocante. A costelinha de porco estava meio sem graça, com pouco tempero e naquele ponto que não sabemos se foi assada ou cozida.
Arroz, farofa e arroz de pequi não merecem nenhum destaque especial. O quiabo estava saboroso, mas alguns estavam maduros demais, fibrosos ao ponto de eu quase desistir de mastigar.
Bastante incomodados com a fumaça de cigarro, ainda tivemos pique para um segundo prato:
Conclusão:
A comida não empolgou. A galinha assada na rotissol estava boa, mas tem muita padaria que faz bons frangos de televisão. Já a galinhada, não é muito a nossa praia.
O atendimento deixou a desejar. Além da responsável pela fila passar uma galera na nossa frente, teve a questão do cigarro, o que nos fez recusar o pagamento da taxa de serviço. A propósito, eles arbitram em 12%, ao invés dos tradicionais 10% que vemos em qualquer restaurante do país. Essa experiência nos custou R$ 147,00 (a galinhada custa R$ 59,00 por pessoa) com direito a dois refrigerantes e valet.
PS: o Atala estava lá nesse dia. Provavelmente, nem percebeu o cheiro de cigarro no ambiente, pois é fumante…
Caso queira tirar a prova, o Dalva e Dito fica na Rua Padre João Manuel, 1115, Jardins, São Paulo.
Tel: (011) 3068-4444