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O melhor restaurante do mundo: Daniel, em Nova York!

No final de março de 2012, fomos a Nova York em merecidas férias gastronômicas, com água na boca de tantos bons restaurantes que queríamos provar.

A missão era dura: queríamos provar desde os estrelados no Guia Michelin até os mais populares.

Na categoria super-hiper-ultra-mega-blaster, nossas intenções eram não apenas conferir se esses restaurantes fazem jus à lenda e ao preço, mas também ver o que esse Guia Michelin tinha de tão extraordinário.

Nossa listinha de top-top-tops era composta por dois 3 Estrelas, um 2 Estrelas e um sem estrelas. Aos poucos escreveremos sobre todos eles que, a propósito, eram realmente muito bons. No entanto, um se destacou dentre todos: o restaurante do Daniel Boulud. E é por ele que começaremos.

Sem dúvida alguma, é o melhor restaurante que conheci nestes curtos 34 anos de vida. Não tem comparação com qualquer outro. É Daniel no céu e todos os outros na terra. Se esse não é o restaurante perfeito, é o mais próximo da perfeição que já pude provar.

A reserva foi feita com 2 semanas de antecedência. Escolhemos uma terça-feira a noite, 27/03, para provar o menu de 3 pratos pelo módico preço de US$ 108,00 por pessoa que valeu cada centavo!

Um hábito bastante simpático em NY é regalar os clientes com pequenos mimos fora do cardápio:

Agradinhos do chef

Em seguida, vieram as entradas:

Smoked Sturgeon with Northern Lights Caviar

A Glutinha foi de esturjão defumado com caviar. Excelente, a propósito!

Já eu escolhi a terrine de fígado de pato com crosta de mel e amêndoas Marcona:

Duck Terrine with Marcona Almond

Esta foi uma das surpresas da noite. As tâmaras caramelizadas estavam deliciosas, mas a terrine de foie estava perfeita, com uma consistência firme, compacta, cremosa, que no entanto espalhava o sabor suave, adocicado e a medida certa de gordura pela boca.

Dos pratos principais, um dos destaques foi a apresentação do Linguado com “folhas” de pinheiro e pinholes, que é assado em uma pedra de sal, na qual ele vem à mesa:

Pine Needle Roasted Wild Turbot

Então, o garçon monta o prato na sua frente com os demais ingredientes:

Turbot (linguado) com os acompanhamentos

O nosso segundo prato era uma Garoupa, com molho a base de Syrah, “wraps” de alho poró e batatas Dauphine:

Slow Baked Black Sea Bass with Sarawak Pepper

Até agora, não sei qual estava melhor. Tenho uma leve tendência a achar que este último estava mais saboroso, mas ambos estavam deliciosos.

De sobremesa, escolhemos um bolinho de chocolate quente (que me recuso a descrever como petit gateau) com sorbet de leite:

Warm Guanaja Chocolate Coulant

Reparem na cremosidade:

Detalhes sórdidos!

E na minha opinião, a melhor das duas foi a Toranja com biscoitinho de amêndoas, sorvete de creme e sorbet de mascarpone:

Roasted Ruby Red Grapefruit

Reparem nas pétalas de flor sobre os gomos de toranja! Infelizmente, não lembro de qual flor eram…

Para finalizar, pedimos um chazinho. Na verdade, o que eu queria mesmo era matar saudades de chá de verbena, que provei (e viciei) na França, e nunca encontro no Brasil. E vejam a cortesia que nos fizeram:

Madeleines quentinhas!

Nunca provei madeleines tão boas! Só isso já era um bom motivo para voltar. Super macias, quentinhas, com um aroma que perfumava a mesa antes mesmo de chegar, indescritíveis!

E você acha que acabou? Não! Tinha mais agrados. Eles correram sério risco de não sairmos mais do restaurante quando trouxeram essa bandejinha:

Mais presentinhos do chef

E acredite, teve mais uns cubinhos de chocolate para fechar a noite:

Tive de pedir um de cada!

Além da comida excelente, devo destacar o atendimento impecável. Em alguns restaurantes, os garçons e tudo ao redor são imponentes, feitos para impressionar. No Daniel, tudo é feito para você ter a melhor experiência possível. É um ambiente elegante, clássico, mas simples. A acústica é muito boa para você poder conversar com seus convidados, sem interferência dos ruídos da mesa ao lado. Alguns ambientes ficam em “nichos”, dando ainda mais privacidade e isolando o som, perfeito para casais.

Os garçons são muito simpáticos, atenciosos, foram muito esforçados para explicar tudo que queríamos saber sobre os pratos. E o maître era bem humorado e informal. Tudo isso nos deixou super a vontade e quase não percebíamos que estávamos em um restaurante luxuoso.

A conta, para reles mortais como nós, é salgada: ficou em US$ 300,00 por casal, sem vinhos e sem degustação de caviar (50 gramas podem sair por US$ 230, no caso do Northern Lights, a US$ 470, no caso do Golden Ossetra). Mas, se você tiver que escolher apenas um restaurante para fazer uma extravagância, ou se você estiver disposto a comer hot dog durante toda sua estadia em Nova York para comer NO RESTAURANTE, nossa recomendação, sem dúvida alguma, vai para o Daniel.

Cuidado apenas para o fato de que o Daniel tem vários restaurantes e o menu difere de um para outro. Essa experiência formidável que tivemos foi no restaurante principal, que fica na 60 East 65th Street.

E se tiver uma outra sugestão de melhor restaurante do mundo, pode nos avisar por aqui, mandar pelo twitter (@EstomagoFeliz) ou pela nossa Fan Page no Facebook!