Comendo na Cidade do México – um bistrot que é o Máximo
(ops! Achei um post antigo esquecido na pasta de rascunhos!)
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Quando a gente comentou no B&B Red Tree (hospedagem maravilhosa, super vale!) que íamos jantar no restaurante Izote, o staff chilango se olhou e soltou um “seguros”?
Aí, logo nos explicaram: se era comida boa de verdade que estávamos procurando, deveríamos ir ao bistrot Máximo!
Só que já estava muito em cima da hora pra trocar a reserva, e naquela noite acabamos no péssimo Izote.
No almoço seguinte, apesar da fila de espera, fomos recompensados com uma ótima refeição.
Diferente da maioria dos restaurantes de lá, este não tinha menu em inglês. Mas, rapidamente a hostess surgiu pra explicar a carta inteirinha pra gente, na maior paciência. (esse vocabulário de cardápio é muito difícil pra mim em qualquer idioma!)
Pra beber, achei bem bacana a idéia de sidra de pera com maçã. Mas tava meio sem-gracinha:
Na sequência chegaram os amuse-bouches…ou seja, agradinhos do chef pra introduzir aos clientes suas gostosuras. E o plural é porque chegou o 1º, o 2º e um 3º agradinho. Como nosso prato não ficava pronto nunca, mandaram pra gente 3 ‘distrações’ iguais! Acabamos rejeitando, mas valeu a inteção:
Eu nunca rejeitaria comida sem um bom motivo. Vejam só a nossa boa razão:
Sim, a entrada que pedimos era super parecida com a amuse-bouche do chef. Mas como saber, né?! A grande diferença foi a apresentação do atum, que na entradinha veio em pedaços. Ah, serrano é essa pimentinha verde que deu um sabor muito bom a tudo.
Aí vieram os pratos:
Ó, o peito de pato tava mais ou menos, o molho de amoras e outra frutinha tava muito bom. E o tamal tava ótimo! (tamal é um tipo de pamonha, neste caso, fizeram de arroz)
Gente, eu pedi esse prato e lembro de ter achado uma delícia, mas vergonhosamente não me lembro o que era, tampouco anotei a descrição. Pelo que dá pra ver, é alguma carne, com molho de cogumelos. Essa parte amarela, me lembro que parecia um curau salgadinho e bem leve.
A gente comeu tanto que nem conseguiu pedir a sobremesa! 😦
Vale a fila de entrada!
Maximo Bistrot
Calle Tonalá 133, Roma Norte, Cuauhtémoc
Mexico City
Mexico
Comendo na Cidade do México – Pastelería Ideal
Espanhol é um idioma muito bacana!
Em espanhol, bolo é pastel, sanduíche se fala torta, torta mesmo se diz pie e pastel… não existe! (Bem, existe wonton, um pastelzinho chinês bem popular nos países latinos, mas é chinês e todo mundo sabe que pastel é da barraca do japonês!! Há!)
E foi procurando pelo doce ideal que chegamos na Pastelería Ideal! Uma doceria-padaria com mais de 80 anos, bem no Centro da Cidade do México.
Quando chegamos lá, realmente me senti no México! Vejam se estas fotos também passam essa sensação pra vcs:
Doces de gelatina colorida:
Surpreendente: a parte de cima da loja é dedicada a bolos de festa!
Reparem no canto de baixo, lado esquerdo, um bolo-ringue de lucha libre! Adorei!
Apesar de tanta coisa que tem na Pastelería Ideal, a maior parte é pra levar pra casa. Quem quer um pedaço, uma fatia, uma unidade pequena de gostosura pra comer na hora tem poucas opções.
Mas no fim, a gente se deu super bem! Achamos um bolo ultra-dilícia:
Ruim mesmo foi comer sentada na escadaria, sem garfinho e tentando não babar esse bolo-dilícia na roupa! (Mas foi divertido!)
O preço da fatia?! Riam comigo: cerca de R$0,50!!!
Essa pastelería é realmente ideal!!!
Pastelería Ideal
Av. 16 de Septiembre, 18
(Entre Eje Central Lázaro Cárdenas y Fray Pedro de Gante)
Centro Histórico – Cidade do México
Comendo na Cidade do México – Izote
Do fim para o começo: na saída, pedimos ao garçom a gentileza de ligar para um táxi, já que lá não se recomenda pegar qualquer um na rua. Normal! Só que ao invés de chamar um táxi comum que é que mais tem na cidade, ele pediu um que roda com preço fixo, que é bem mais caro porque embute na tarifa uma comissão para quem o chamou!!!
PÉÉÉSSSIMO que um restaurante que se diga tão top tenha profissionais que ajam dessa forma.
…
Agora do começo….
Fiz uma pesquisinha rápida e vi o restaurante Izote da chef Patricia Quintana figurar em todas as listas de restaurantes bem recomendados da Cidade do México.
Aí lá fomos nós com nossos estômagos curiosos e famintos por comida típica mexicana!
O lugar é como dizem, bem simples e pequeno, na rua mais badalada da cidade. No cardápio, preços dignos de restaurantes caros aqui de São Paulo.
Chegamos às 9, e mesmo tendo pouquíssimos lugares, o Izote estava vazio. Era um sábado.
Rapidamente nós entenderíamos porque não tinha ninguém…
O atendimento é tééérrível e a Patrícia Quintana, que preparava os pratos numa bancada/ mini-cozinha à vista, tava com um jeito muito mal-humorado. Nitidamente, tava rolando um climão entre a equipe. Coincidência o restaurante estar vazio? Sei lá…
Pra completar, não gostamos das comidas. Olha só:
Esse couvert tava muito sem gracinha. As salsas tavam boas, mas os pãezinhos…
De entrada, quesadillas de flor de abóbora!
Outra descoberta: no México, quesadilla não é necessariamente de queijo! Já foi, mas agora é um nome genérico. Trata-se de uma tortilla de milho, recheada de qualquer coisa, levemente durinha e preparado numa chapa quente de ferro.
Costela de porco com molho de pimenta verde e feijão fresco.
Peixe do dia com molho de açafrão e CUITLACOCHE!
Gente, cuitlacoche ou huitlacoche é um negócio super exótico! Trata-se do fungo que cresce na espiga do milho. Aqui no Brasil e em muitos lugares é considerado uma praga, mas lá no México é iguaria! O gosto? Não dá pra definir…é de cuitlacoche! rss..
O problema é que o molho estava tão apimentado e condimentado que não dava para sentir o gosto do peixe. O Cabeça nem conseguiu comer tudo e olha que somos chegamos numa pimentinha…
De sobremesa, pedimos um pudim de baunilha de Papantla com chocolate e trufas. Bom, mas nada excepcional.
Vale a visita? Não achamos…
Izote por Patricia Quintana
Presidente Masaryk 513
Colonia Polanco – Cidade do México
Tel: 5280-1671 / 5280-1265
Bebendo na Cidade do México – Pulque na Pulquería Insurgentes
Eu queria muito tomar um pulque desde que pisamos no México.
PULQUE?! O Cabeça indago-exclamou!
Explico: Pulque é o primo não-famoso da tequila, resultado da fermentação do suco de agave.
AGAVE?! É um cacto gigantesco e espaçoso. Veja só essa semi-foto que tiramos:
A agave da tequila é do tipo azul e a do pulque é essa da foto mesmo.
Pelo que percebemos, nem mesmo no México o pulque é ultra popular. Tanto é que não tem muitas pulquerías pela cidade.
Achamos uma muuuuito bacana na avenida Insurgentes Sur. O lugar era meio sombrio, tocava um rock pesado ensurdecedor e tava cheio de estudantes.
Na hora que entramos, todo mundo parou pra olhar os dois japinhas com cara de turistas meio perdidos por ali…rs!
Às vezes, ser turista é o que há! Sentamos numa mesa coletiva junto com um casal e puxamos papo. Logo veio o dono da pulquería e ele prontamente nos ofereceu umas provinhas:
Tinha também o natural, mas todo mundo disse que era muito ruim! Nem provamos.
É uma bebida levinha, com sabor adocicado. Eu acheei bacaninha. Mas como tínhamos acabado de almoçar, ficamos apenas nas provinhas e no papo furado com o dono da pulquería.
O moço não quis cobrar a gente, então deixamos uma “propina” no valor do copo cheio: R$4!!! (adoro a sensação de prima rica!)
Vai lá!
Pulquería Insurgentes
Av. Insurgentes Sur, 226
Colonia Roma – Cidade do México
Facebook: pulqueriainsurgentes
Comendo na Cidade do México – ovas de formiga no El Cardenal
O El Cardenal fica no Centro Histórico da Cidade do México. Entre a visita a uma igreja e um museu, vale a paradinha para o almoço.
Sabe aquele tipo de restaurante onde o garçom mais novo tá lá há cerca de 20 anos? O El Cardenal tem esse climão.
Experiente no atendimento aos turistas, nosso garçom nos sugeriu uma entradinha diferente: ESCAMOLES, ou seja, ovas de formiga, típico da cozinha pré-hispânica.
Aceitamos, claro!
Primeiro a bebideeenha tradicional e bacaninha: Conga, conga, conga!
Aí a cestinha de pães gostosinhos:
E finalmente, os escamoles! Ovas de formiga salteadas em muita manteiga, com epazote (ervinha ultra típica) e cebola.
Ó como fica:
Esse creme verdinho é uma salsa que ‘no pica’ nada! Ou seja, com pouca pimenta. Só enrolar e mandar pra dentro!
Se é gostoso? Hum…é interessante! rssss…
De prato principal, pedimos:
Esse cordeiro tava ruim. Muito duro e sem tempero pro meu gosto. Vinha acompanhado de um molho feito de cerveja e tinha uma base de feijão (claaaaro!) e queijo fresco da cidade de Oaxaca. Por baixo da carne, reparem, tem uma tortilla mais grossinha.
O Cabeça pediu o primeiro Chile relleno da viagem. Aqui em SP, vimos um amigo mexicano quase babar de tanto nos recomendar esse prato…
Traduzindo a foto: pimenta seca do tipo “Ancho” recheada com carne de porco e especiarias, servida com um molho chamado “mole coloradito”, típico da cidade de Oaxaca (os ‘moles’ são molhos clássicos da culinária mexicana, conhecidos pela combinação – mucho lôca – de vááários ingredientes). No mole coloradito tem chocolate, banana, amendoin, tomate, tortillas tostadas e um monte de pimentas, entre outras coisas. Tem mole que leva 20 e tantos ingredientes, vejam só!
Esse prato tava mais bacana que o meu! Mas era muito grande, dá tranquilamente pra pedir uma entradinha e dividir o prato.
O preço dos escamoles eu não lembro, mas os pratos saíram R$26 e R$22 respectivamente. A conga saiu R$5. 🙂
Como já não entrava mais nada, de sobremesa decidimos por uma boa caminhada no Templo Mayor! Olha que gostoso:
Restaurante El Cardenal
Calle Palma, 23, Centro Histórico (Entre 5 de Mayo y Francisco Madero)
Centro Histórico – Cidade do México
Tel. 55218815